A época 2024/2025 da 2.ª Divisão do Futebol Popular de Barcelos ficou marcada por várias boas prestações no comando técnico de diferentes equipas. Graças à colaboração contínua da maioria dos treinadores com o Domingo às Dez, foi possível acompanhar de perto o trabalho desenvolvido ao longo da época.

Apesar de alguns treinadores terem “morrido na praia”, não lhes retiramos o mérito. Há rumores de mudanças em alguns bancos técnicos no final da temporada, mas, por agora, destacamos o trabalho daqueles que realmente deram nas vistas.

🥇 António Carvalho – O Treinador do Ano

António Carvalho assumiu o comando do Núcleo da Silva à 4.ª jornada, quando a equipa somava zero pontos e estava já a nove do líder. A partir daí, protagonizou uma recuperação fantástica. O Silva passou a depender apenas de si e, na reta final, venceu em Cambeses e depois, em casa, o Sequeade — dois triunfos que garantiram a presença na final de apuramento de campeão.

No Estádio Cidade de Barcelos, bateu o Bastuço São João por 2-1 e colocou a cereja no topo do bolo. Apesar de o plantel do Silva não ser apontado como o mais forte (à frente estavam, em teoria, Bastuço, Oliveira e Grimancelos), Carvalho conseguiu conjugar juventude e experiência para formar uma equipa vencedora. Um prémio justo para um trabalho de grande mérito.


🏅 Outros treinadores em destaque:

Adérito Ferreira (Sequeade)

Fez uma época muito sólida, liderando a sua série durante várias jornadas. Acabou por falhar o objetivo da subida na última jornada, mas o trabalho realizado foi de enorme qualidade. Conduziu o Sequeade  até à última jornada na luta pela subida e ainda vai marcar presença na final da Taça diante do poderoso Leões da Serra. Pelo caminho, eliminou Carapeços e GDR Campo, duas equipas da 1.ª Divisão — feito que merece destaque.

César Faria (Paradela) – Trabalho notável até à última jornada

À semelhança do que aconteceu com Adérito Ferreira no Sequeade, também César Faria esteve em destaque ao comando do Paradela, mantendo a equipa na luta pela subida até à última jornada da Série A da 2.ª Divisão.

Foi uma época marcada pela consistência, pela competitividade e pela organização da equipa, que se manteve entre os primeiros desde o início. Apesar de ter falhado o acesso direto à 1.ª Divisão por muito pouco, o trabalho de César Faria não pode ser desvalorizado — antes pelo contrário.

João Pedro Lopes "Taxas" (Oliveira)

Assumiu o comando do Oliveira após o afastamento de Ricardo Araújo (castigado e suspenso após quatro jornadas). Teve alguns tropeços, mas mostrou competência frente aos rivais diretos (não perdeu com Paradela nem Bastuço São João). Conquistou a subida e está de parabéns.

Christophe (Fonte Coberta)

Entrou na 12.ª jornada, substituindo Raul Ferreira. Na altura, o Fonte Coberta era 3.º classificado, a um ponto do Silva (com mais um jogo). Christophe liderou a equipa de forma eficaz e conseguiu recolocá-la na 1.ª Divisão.

Manuel Pinto (Bastuço São João)

Assumiu a liderança da Série A em alternância  com o Paradela, a partir da 15.ª jornada  manteve o 1.º lugar até ao fim. Teve o segundo melhor ataque da competição, apenas atrás do Oliveira. No confronto direto com os principais rivais, venceu apenas o Paradela, mas garantiu presença na final. Acabou por perder o título, mas realizou um trabalho meritório.


🔎 Segunda linha… mas com nota alta:

  • Barrega (Grimancelos): Ficou a apenas dois pontos dos lugares de subida. Campanha muito consistente.
  • Diogo Trigueiros (Cristelo): Conduziu a equipa ao 4.º lugar, mesmo jogando sempre fora de casa devido às obras no seu recinto. Trabalho notável.
  • Dany (Feitos): Teve uma época muito positiva, com o Feitos a figurar entre os primeiros classificados.
  • Roger (Baluganense): Voltou a colocar o clube nas posições cimeiras, algo pouco habitual nas épocas mais recentes.