A 9ª jornada do Futebol Popular trouxe emoção pura, daquelas que fazem tremer as bancadas improvisadas e subir o coração à garganta. Em Remelhe jogou-se um clássico à moda antiga, intenso, sofrido, decidido nos detalhes, e decidido no talento de Gonzalez, que perto do fim fez o golo que caiu como um relâmpago sobre o Leocadenses, até aqui invicto. O Remelhe, embalado pela alma dos seus, chega à 9ª vitória seguida e torna-se a única equipa do Popular a somar por vitórias todos os jogos realizados. Um feito que começa a ganhar peso de título.
A vantagem para o Leocadenses sobe agora aos 5 pontos. Os Leocadenses seguram o 2º lugar com 22 pontos, mas viram o comboio da frente ganhar velocidade num momento em que os perseguidores também tropeçaram. O Macieira deixou escapar uma oportunidade de ouro, perdendo em Carapeços por 3-2; mesmo assim, mantém o 3º lugar, agora acompanhado pelos Leões da Serra, que bateram o Bastuço S. João por 4-2. Ambos seguem com 17 pontos e ainda muito para dizer nesta luta.
O Campo continua a sua recuperação poderosa. Ganhou pela segunda vez seguida e goleou o Pereira por 5-0, conquistando sozinho o 5º lugar. O Palme voltou a sentir o amargo das deslocações , perdeu 1-0 no Perelhal, mas mantém-se num confortável 8º posto com 14 pontos. O Silva arrancou um nulo em Oliveira e subiu ao 7º lugar.
As equipas com novo treinador trouxeram histórias distintas: Carapeços renasceu com Quim Zé, Perelhal voltou a sorrir e o Águas Santas reencontrou o caminho das vitórias. Já Negreiros, Bastuço S. João e Oliveira continuam a viver dias difíceis. Na cauda da tabela, Negreiros (3), Oliveira (5) e Perelhal (7) lutam por reacender a esperança, enquanto o Bastuço caiu para a zona de despromoção com 9 pontos, os mesmos do Paradela.
Marcaram-se 26 golos nesta 9ª jornada, sendo Costinha do Fonte Coberta e Cunha do GDR campo os únicos a bisar. Tino e Petina do Remelhe, assim como Hugo Pombo, que já não marca há duas jornadas, ficaram em branco; no entanto, os três mantêm-se na frente: Tino soma 8 golos, Petina e Hugo Pombo 7.
GDR Campo 5-0 Pereira
Jogo em S.Salvador
Este jogo, disputado no sábado, trouxe emoções fortes, embora quase todas para o mesmo lado. O Pereira, que vinha de um empate motivador frente aos Leões da Serra, acabou goleado pelo GDR Campo, que regressou em força às vitórias depois de uma derrota pesada na jornada anterior… precisamente pelo mesmo número, frente ao Remelhe. Desta vez, porém, foi o Campo quem assumiu o papel de dominador absoluto. Durante 35 minutos o Pereira resistiu, batalhou e tentou equilibrar, mas o futebol tem momentos que mudam tudo. E foi aí que Cunha abriu o marcador, dando início a um turbilhão que viria a marcar a partida. Aos 42 minutos, Santas fez o 2-0 e, três minutos depois, Miguel assinou o 3-0 com que se chegou ao intervalo. Dez minutos fatais para a equipa de Cacioli, que viu o jogo fugir-lhe das mãos de forma vertiginosa.
Se o final da primeira parte já tinha sido duro para os visitantes, o início da segunda foi um prolongamento da tormenta. Aos 49 minutos, Nuno Simões fez o 4-0, e aos 55 Cunha bisou e fechou o resultado em 5-0. Foram 20 minutos demolidores, em que o Pereira simplesmente não conseguiu reagir à avalanche ofensiva do GDR Campo.
Com esta vitória, o GDR Campo confirma aquilo que prometia no arranque da época: qualidade, ambição e um plantel capaz de lutar pelos primeiros lugares. Sobe ao 5.º posto, com 16 pontos, apenas menos um que o 3.º e 4.º classificados.
Do outro lado, o Pereira caiu para o 7.º lugar, com 14 pontos, e leva desta jornada a certeza de que há muito trabalho a fazer para recuperar o equilíbrio exibido nas rondas anteriores. Foi um jogo marcado pela superioridade clara do Campo, e por uma lição dura para o Pereira, num daqueles dias em que tudo cai para o mesmo lado.
GDR Campo e Pereira não enviaram comentários para este jogo..
Negreiros 1-3 Águas Santas
Campo de Negreiros
Foi um duelo entre duas equipas mergulhadas em mudanças técnicas, ambas ainda à procura de estabilidade depois das saídas dos seus treinadores. Não se sabe ainda quem vai assumir o comando, mas uma coisa ficou clara neste jogo: o Águas Santas soube transformar a incerteza em energia, enquanto o Negreiros voltou a sentir o peso da crise que o acompanha. O Águas Santas entrou determinado, a querer sacudir a pressão que se acumulava jornada após jornada. E conseguiu. Já o Negreiros, com apenas 3 pontos na cauda da tabela, viu a linha de água afastar-se ainda mais, agora a 6 pontos, e a realidade torna-se cada vez mais dura. Os golos contam a história do jogo.
Aos 25 minutos, Jeff abriu o marcador e quebrou o gelo: 0-1. Dois minutos depois, aos 27, André ampliou para 0-2, levando essa vantagem confortável para o intervalo. Na segunda parte, o Águas Santas manteve o ritmo e aos 62 minutos Joquinha fez o 0-3, praticamente sentenciando a partida. O Negreiros ainda tentou reagir e aos 85 minutos Pinto reduziu para 1-3, mas já sem tempo para mudar o rumo dos acontecimentos.
Com esta vitória, o Águas Santas sacode a crise, respira fundo e sobe ao 10.º lugar, somando agora 10 pontos. Já o Negreiros vê a sombra da descida aproximar-se e continua preso ao último lugar, naquilo que está a ser uma luta muito dura pela sobrevivência.
Negreiros e Águas Santas não enviaram comentários para este jogo.
Fonte Coberta 3-1 Paradela
Campo de Fonte Coberta
O Fonte Coberta teve um início de campeonato algo irregular, mas tem vindo a crescer de jogo para jogo e, com esta vitória diante do Paradela, soma agora a sua 4.ª vitória consecutiva!
À 4.ª jornada tinha apenas um ponto… Aos 20 minutos, André parecia facilitar as contas ao abrir o marcador para a equipa da casa. Mas Pedrinho, fiel ao nome e ao estilo, atirou uma pedrada à Fonte e fixou o empate 1-1 aos 45 minutos, levando o jogo empatado para o intervalo. A partida encaminhava-se para o final quando, aos 80 minutos, André voltou a colocar o Fonte Coberta na frente, fazendo o 2-1. Já Costinha, aos 85 minutos, bisou e fechou o resultado em 3-1. O Fonte Coberta segue agora no 11.º lugar com 10 pontos, enquanto o Paradela aparece logo atrás, com 9 pontos.
Fonte Coberta não enviou um comentário para este jogo.
Comentário de Paradela:
Paradela não enviou um comentário para este jogo.
Remelhe 1-0 Leocadenses
Campo de Remelhe
Foi o jogo da jornada. Frente a frente estavam o 1.º e o 2.º classificados, separados por apenas dois pontos. Um clássico que levou mais de meio milhar de pessoas às bancadas , e ninguém deu o tempo por mal empregue, porque Remelhe e Leocadenses ofereceram um espetáculo digno de topo.
A partida foi equilibrada do início ao fim. O Leocadenses apresentou um futebol mais apoiado, mais técnico, mais paciente na construção. O Remelhe, por sua vez, apostou num jogo mais direto, mais vertical, mais agressivo na procura da baliza. E a verdade é que qualquer uma das equipas podia ter vencido.
O mister Sá Pereira leu bem os primeiros 45 minutos e fez três substituições ao intervalo, ajustando a equipa para um futebol mais apoiado. Mas do outro lado estava um adversário extremamente concentrado, difícil de desmontar e sem oferecer grandes espaços. O relógio avançava e o 0-0 parecia o destino inevitável do clássico.
Até que, já perto dos 90 minutos, o jogo decidiu ganhar alma. Perdigão cobrou um livre, colocando a bola alta na área. O defensor Pepe, do Leocadenses, ganhou de cabeça, mas o alívio saiu em balão… e caiu exatamente nos pés de Gonzalez, que à meia volta soltou um remate de primeira. A bola ganhou altura, caiu junto ao poste mais distante de Flávio, que ainda se esticou, ainda tocou com as pontas dos dedos, mas não conseguiu evitar o golo que valeu os três pontos ao Remelhe.
Com cinco minutos de compensação, o Leocadenses tentou tudo para alcançar o empate. Houve tempo até para um pequeno sururu: Platini foi travado à margem da lei numa transição rápida; o árbitro mostrou cartão amarelo ao infrator, mas Reko não gostou da cor do cartão, envolveu-se com o jogador do Remelhe e acabaram ambos expulsos. O clássico foi bem jogado, intenso, duro, à imagem do que se espera destes duelos, embora tenha aquecido nos minutos finais.
O campeonato não acaba à 9.ª jornada, longe disso, mas os 5 pontos de vantagem que o Remelhe leva agora sobre o Leocadenses dão uma margem preciosa e uma liderança mais tranquila para as próximas jornadas.
Declarações de Luís Barbosa jogador do Remelhe em Vídeo
Comentário de Joel Arantes treinador do Leocadenses:
Jogo muito difícil, como já imaginávamos. Entramos algo precipitados nas nossas decisões e na circulação, com o passar dos minutos fomos impondo o nosso futebol. Na segunda parte foi um jogo mais dividido, mais repartido sem grandes oportunidades para ambos os lados. Não conseguimos marcar em duas boas ocasiões claras para o fazer. O nosso adversário mesmo no final do tempo regulamentar acaba por chegar ao golo, numa bola que sobra para a entrada da área e acaba por fazer o golo. Um resultado que acaba por ser injusto, para aquilo que demonstramos em campo contra um bom adversário. Uma nota final para alguns adeptos que estiveram a ver o jogo, o Racismo nos dias de hoje é intolerável e considerado Crime.
Carapeços 3-2 Macieira
Campo de Carapeços.
O Carapeços voltou às vitórias e o Macieira, ao perder, deixou-se apanhar pelos Leões da Serra no 3º lugar. O Carapeços, já sob as ordens do mister Quim Zé, entrou em campo com alma renovada. Mesmo sem tempo para trabalhar a equipa, conheceu os jogadores apenas dois dias antes, conseguiu motivá-los e isso sentiu-se sobretudo na primeira parte, onde apresentou um futebol equilibrado perante um Macieira motivado e cheio de qualidade no seu plantel. O jogo foi muito combativo no meio-campo e as oportunidades foram escassas, mas o Carapeços aproveitou um penálti aos 28 minutos, cometido sobre Hugo e convertido por Jony, para se adiantar no marcador. Assim se chegou ao intervalo, sem que qualquer guarda-redes tivesse sido realmente chamado a intervir.
Na segunda parte, o Macieira entrou com outra atitude. Assumiu o jogo, empurrou o Carapeços para trás e controlou praticamente todos os momentos até ao último minuto. Mas ao subir as linhas e arriscar com bloco alto, deixou espaços na retaguarda, e o Carapeços aproveitou. Numa transição rápida, contra a corrente de jogo, Hugo, um dos melhores em campo, apareceu isolado frente ao guarda-redes e fez o 2-0 aos 78 minutos.
O Macieira não baixou os braços. Continuou a refrescar a equipa, acelerou pelos extremos e, com sucessivas bolas paradas, virou o jogo emocionalmente. O 2-1 nasceu de uma transição rápida pela esquerda: o extremo foi à linha de fundo, meteu a bola para a zona de tiro e Veloso, aos 83 minutos, fuzilou sem piedade. A pressão manteve-se e, aos 87 minutos, numa bola parada lançada para a pequena área, a confusão instalou-se; Pedro Ferreira aproveitou um ressalto e, à queima-roupa, fez o 2-2. A equipa do Macieira queria mais. Não se contentava com o empate e manteve o bloco bem subido. Mas quem sorriu por último foi o Carapeços. Numa nova transição rápida pela esquerda, Pedro cruzou milimetricamente para a cabeça de Nakata, acabado de entrar, que com um gesto técnico perfeito colocou a bola no segundo poste, sem oposição. Era o 3-2 final, em cima dos 90.
Nos cinco minutos de compensação, o Macieira voltou a ficar muito perto do empate. Foi praticamente a equipa que jogou os segundos 45 minutos instalados no meio-campo ofensivo, mas o vencedor foi o Carapeços, por eficácia, por coragem e por coração. O Carapeços respira um pouco melhor: está agora na 9ª posição com 11 pontos, mais 2 do que a linha de água.
Carapeços e Macieira não enviaram comentários a este jogo.
Perelhal 1-0 Palme
Campo de Perelhal
O Perelhal viveu uma semana turbulenta, marcada pela saída do técnico Diogo Rodrigues, uma mudança que abala qualquer balneário. Mas foi precisamente nesse momento de incerteza que a equipa encontrou a força que parecia faltar. E no domingo, perante um Palme que somava já duas derrotas consecutivas fora de portas, o Perelhal arrancou uma vitória tão sofrida quanto preciosa. Não há muitos detalhes sobre o jogo, mas há algo que conhecemos bem: a emoção do momento decisivo. Aos 85 minutos, quando tudo parecia encaminhado para um empate amargo, surgiu David, frio, determinado, a escrever o único golo da partida, um golo que valeu ouro, valeu três pontos e valeu um sopro de esperança para uma equipa que precisava urgentemente ente de acreditar de novo. O Perelhal, mesmo vencendo, continua na zona de despromoção com 7 pontos, acima apenas de Oliveira e Negreiros. Mas há vitórias que mudam estados de espírito. Esta pode ser uma delas.
Do outro lado, o Palme voltou a tropeçar fora de casa e caiu na tabela, ocupando agora o 8.º lugar com 14 pontos. Uma equipa com qualidade, mas que fora do seu ambiente tem sentido dificuldades que começam a pesar na classificação.
Perelhal não enviou um comentário para este jogo.
Comentário de Tiago Losa treinador do Palme:
E a terceira derrota consecutiva a jogar fora. Isso é um fato! No jogo de hoje fizemos o suficiente para estar com uma vantagem dilatada ao intervalo. Na segunda parte tivemos 4 expulsões, uma delas no banco. E a verdade é que após cada expulsão a minha equipa criava cada vez mais oportunidades para marcar. Não fomos eficazes, e pagamos caro a fatura.
Leões da Serra 4-2 Bastuço S. João
Campo do Leões da Serra
Os Leões da Serra puxaram do estatuto, da garra e do orgulho que os acompanha há 2 anos, e venceram o Bastuço S. João por 4-2. Mas quem olhar apenas para o resultado corre o risco de imaginar um jogo fácil, e não foi nada disso.
O início até prometia facilidades: logo aos 10 minutos, Rogério abriu o marcador para os Leões e parecia que o caminho estava desbravado. Mas quando do outro lado está César Faria, sabe-se que nunca há vitórias garantidas. E o Bastuço reagiu como uma equipa que não baixa os braços. Aos 30 minutos, Sócrates fez o 1-1 e assim se foi para o intervalo, com tudo em aberto. Na segunda parte veio o susto. Aos 25 minutos, Rui virou o jogo para o Bastuço, colocando-os a vencer por 2-1. Era a reviravolta, era a esperança, era a prova de que o Bastuço queria mais. Mas essa vantagem durou pouco, muito pouco. As fragilidades já tinham ficado expostas no jogo anterior e, desta vez, voltaram a pesar. Em pouco mais de sete minutos, tudo desabou. Aos 68 minutos, Edu fez o empate: 2-2. Aos 70, Ricardo completou a cambalhota: 3-2. E aos 75, Araújo matou o jogo: 4-2.
Ainda havia muito tempo para jogar, mas o Bastuço já não tinha força para reagir. Os Leões, esses, mostraram maturidade, intensidade e aquele instinto competitivo que tantas vezes decide campeonatos. Com esta vitória, os Leões da Serra dão um salto importante na tabela e ocupam agora o 4.º lugar, com os mesmos 14 pontos do 3.º classificado, o Macieira. Estão a 5 pontos do Leocadenses (2.º) e a 10 do líder Remelhe. Está difícil? Está. Mas impossível? Nem pensar. Faltam muitas jornadas e este grupo já provou que sabe lutar até ao fim. O Bastuço S. João, por sua vez, cai para o 13.º lugar, zona de despromoção, embora com os mesmos 9 pontos do Paradela, que permanece acima da linha de água.
Leões da Serra não enviou um comentário para este jogo.
Comentário de César Faria treinador do Bastuço S. João:
Jogo com resultado um pouco enganador, atendendo ao que se passou no relvado. Entrada forte da minha equipa mas numa bola parada os leões chegaram ao golo.
Continuamos naquilo que era o plano de jogo e empatamos com justiça atraves de Sócrates. Tendo controlo do jogo e mais oportunidades, destaque para o guarda redes da equipa visitada, chegamos a vantagem de forma justa. Depois houve a reacção, natural, colocando mais gente na frente. Com alguma felicidade conseguiram virar o jogo e ja numa fase final fizeram o 4-2. Apesar da derrota sentimos o crescimento da equipa.
Oliveira 0-0 Silva
Campo de Oliveira
Foi um daqueles jogos em que o marcador ficou quieto, mas o coração dos adeptos não. Sem grandes incidências para contar, o que fica é o retrato do empenho das duas equipas e da luta travada em cada metro do relvado. A primeira parte pertenceu ao Silva, que dispôs de três oportunidades claras para abrir o marcador, enquanto o Oliveira respondeu apenas com um lance de perigo, mostrando dificuldades em assumir o jogo, mas nunca virando a cara à luta. Já na segunda parte, foi o Oliveira quem esteve mais perto de desfazer o nulo, com uma bola enviada à barra que fez tremer toda a bancada e deixou o guarda-redes do Silva a agradecer à trave por manter o empate. O resultado, porém, não mexeu: 0-0, daqueles que deixam sabor agridoce. Para o Oliveira, somar um ponto é pouco, mas continua a ser um ponto importante na batalha pela sobrevivência. A equipa chega agora aos 5 pontos, permanecendo no penúltimo lugar, numa luta difícil mas ainda longe de estar decidida. O Silva, por sua vez, continua a crescer. Sólido, competitivo, consistente, soma agora 14 pontos e firma-se num confortável 7.º lugar.
Não houve golos, mas houve entrega. E, no Popular, isso conta tanto quanto o resultado
Comentário de Miguel Gonçalves "Papagaio" treinador do Oliveira:
Sobre o jogo… foi um espetáculo interessante. Nós tentámos jogar futebol. Outros tentaram… outras coisas. E conseguiu-se um equilíbrio muito interessante: sempre que estávamos perto de resolver o jogo, aparecia uma decisão extremamente ‘oportuna’. É um talento, claramente. A situação do penálti então… deliciosa. O árbitro, em cima do lance, toma uma decisão. Depois alguém, lá muito ao fundo, com uma visão verdadeiramente excecional, vê tudo ao contrário.
É extraordinário. Gostava de ter esses olhos. Mas pronto, cada um trabalha com as ferramentas que tem. O Oliveira, foi sério, competitivo e quis ganhar o jogo durante 90 minutos, muito orgulhoso do controlo emocional dos meus jogadores contra tanta adversidade, foram 90 minutos de domínio, de controlo do jogo de circulação de criação de oportunidades.
“Vamos continuar a lutar, a trabalhar e a dignificar o Oliveira e esta competição, como sempre fizemos.”
Comentário de António Carvalho treinador do N.Silva:
Sabíamos que íamos ter um jogo difícil. O Oliveira em casa é um adversário muito difícil, os adeptos puxam muito pela equipa e isso dá muita força aos jogadores. Sabíamos que eles iam entrar fortes, a pressionar desde o início inicio para tentar chegar ao golo. Nós estivemos sempre coesos a defender e quando tínhamos a bola conseguimos pôr em apuros a defesa do adversário. Na primeira parte temos três oportunidades, duas tiradas em cima da linha de golo e mais uma com Kikas que tinha tudo para fazer golo e não conseguiu. O adversário também tem três, uma cabeçada ao lado, um remate cruzado com o Eduardo a fazer uma boa defesa para canto e num canto a bola andou ali a rondar o golo. Segunda parte, tentamos ajustar algumas coisas para tentar chegar ao golo. O adversário tem a melhor oportunidade do jogo, logo aos dois minutos, em que envia uma bola à barra que seria um grande golo. A partir daí tivemos sempre o jogo controlado com algumas chegadas à área adversária com perigo. O adversário tentava chegar à nossa área em jogo direto ou em bolas paradas mas estivemos muito bem a defender. Um resultado justo por aquilo que as duas equipas fizeram durante os noventa minutos. Dar os parabéns aos meus jogadores pela forma brava como se bateram. Agradecer aos adeptos pelo apoio.