A 8ª jornada da Série A realizou-se no passado fim de semana e trouxe uma mudança profunda no topo da classificação. O Feitos, líder desde a 1ª jornada, atravessa uma crise evidente: voltou a perder, desta vez em Viatodos contra o Grimancelos, por 4-2. A terceira derrota consecutiva empurrou a equipa para o 3º lugar, mantendo apenas os mesmos 15 pontos do Sequeade, agora segundo classificado. A grande figura da jornada foi o Cristelo, que não perde desde a ronda inaugural. A equipa vinha a crescer, empatando algumas partidas que atrasaram a subida, mas ao vencer o Silveiros nos descontos, alcançou enfim o 1º lugar com 17 pontos, dois acima dos seus perseguidores diretos. Uma liderança construída com consistência, sofrimento e um futebol cada vez mais sólido. Quem também fez soar as trombetas foi o Águias do Neiva, que deixou para trás a sua própria crise de resultados com uma vitória absolutamente demolidora: 9-1 diante do Cossourado. Queirós assinou um hat-trick, enquanto Pedrinho, Dany Magalhães e Sílvio bisaram, num jogo que relançou a equipa da 8ª para a 5ª posição, agora com 14 pontos e nova ambição. O S. Martinho, depois da queda em Cristelo, voltou às vitórias ao bater o Carvalhas por 2-0, subindo ao 4º lugar com 14 pontos. O Carvalhas, por sua vez, caiu para o 8º lugar com 12 pontos, mas tem um jogo em atraso e continua na luta. O Grimancelos, agora com novo treinador, está claramente em recuperação: o triunfo sobre o Feitos valeu a subida ao 6º lugar com 14 pontos e renovou a esperança de alcançar os lugares da frente. Em contraste, o Lijó escorregou no empate 2-2 com o Creixomil e desceu do 3º para o 7º posto, ficando com 13 pontos.
O Creixomil, apesar de mais afastado no 10º lugar com 9 pontos, apresenta uma performance crescente e, mantendo o ritmo das últimas jornadas, pode ainda intrometer-se na luta pela subida. Mais abaixo, a missão é cada vez mais complicada para o Silveiros, com apenas 4 pontos, e para o Andorinhas, que ainda procura o seu primeiro ponto da época. A jornada registou 27 golos, muitos deles no festival do Águias. Queirós brilhou com um hat-trick, mas também Pedrinho, Dany Magalhães e Sílvio saíram de campo com dois golos cada um.
Na lista de melhores marcadores, Rui Faria continua líder com 11 golos, seguido por Gatão com 9. Logo atrás surgem Vitinha, do Santa Eugénia, e Tiago Bento, do Várzea, ambos com 8 golos. Vitinha, autor do primeiro poker da época, na vitória do Núcleo de Santa Eugénia por 5-1 frente ao S. Mamede, entrou de vez na disputa pelos lugares cimeiros da artilharia. A Série A vive agora um novo equilíbrio, novas ambições e uma certeza: este campeonato não está para corações fracos.
Andorinhas 0-1 Milhazes
Campo do Andorinhas
As Andorinhas continuam a voar rentes ao chão nesta dura temporada, mas há sinais claros de que a equipa está a transformar-se. Ainda não foi desta que chegaram aos pontos… e custou. Custou porque foi por muito pouco. O balde de água fria só caiu já em cima dos 90 minutos, quando tudo parecia encaminhar-se para o primeiro sorriso do campeonato. O crescimento é inegável: já não são goleadas pesadas, já não são jogos a cair cedo, é disputa, é resistência, é luta até ao fim. Mas ainda não chega. Para voar mais alto, falta aquele detalhe, aquele golo, aquele momento em que o esforço se transforma finalmente em recompensa. E esse momento vai chegar, porque quem melhora assim, jornada após jornada, acaba sempre por romper o ciclo. O Milhazes soube aproveitar a hesitação final e, aos 90 minutos, Boda fez o golo solitário que valeu três pontos preciosos. Vitória sofrida, arrancada a ferros, mas que mantém a equipa no 12.º lugar, agora com 7 pontos. Um triunfo importante para continuar a subir, ainda que devagar. As Andorinhas, essas, seguem no fundo da tabela com oito derrotas, mas com uma certeza: há evolução. Há entrega. Há luta. E quando uma equipa passa de perder por muitos a perder por poucos, o passo seguinte é sempre o mesmo, começar a pontuar. E quando isso acontecer, será o sinal de que o trabalho, esse que ninguém vê mas que se sente em campo, começou finalmente a dar asas ao grupo.
Porque no Popular de Barcelos, quem insiste… acaba por voar.
Aguias do Neiva 9-1 Cossourado
Complexo Desportivo Carlos Pereira (Abade de Neiva)
Há resultados que ficam gravados no campeonato. Há jogos que marcam uma equipa, um balneário, uma época inteira. E esta goleada por 9-1 do Águias do Neiva ao Cossourado é exatamente isso: um daqueles dias em que tudo encaixa, tudo flui e o futebol ganha brilho de espetáculo. O mais surpreendente? O Cossourado até começou bem a temporada, com exibições sólidas e pontos importantes. Por isso mesmo, ao intervalo, o 2-0 parecia um resultado normal, dentro das expectativas. Queirós, aos 6 minutos, abriu caminho, e Pedro Oliveira, em cima dos 45’, fez o 2-0 que levava o Águias para o balneário com confiança. Mas se a primeira parte foi boa… a segunda foi um vendaval. Aos 49 minutos, Queirós bisou e, pouco depois, aos 55, completou um hat-trick que já fazia adivinhar que algo grande estava a acontecer. O Cossourado ainda respirou um pouco com o golo de Leo , 4-1, mas foi só um suspiro no meio de uma tempestade.
A partir daí, foi Águias, Águias e mais Águias.
- Dany fez o 5-1 aos 65’.
- Pedro Oliveira bisou aos 77’, 6-1.
- Dani bisou também, fazendo o 7-1.
- E já perto do fim, Sílvio, em grande forma, completou o festival, assinando o 8-1 e o 9-1 entre os 87’ e os 90’.
Foi um rolo compressor. Uma exibição de força, de confiança e de talento puro. O Cossourado sai com uma derrota pesada, sim, mas com a certeza de que tem valor para reagir, já mostrou isso no arranque da época, e tem equipa para voltar a competir de igual para igual. O Águias do Neiva, esse, sobe do 8.º para o 5.º lugar, agora com 14 pontos, e volta a colocar-se a apenas 3 pontos da liderança e dentro da luta pelos lugares de subida. Uma afirmação clara: o Águias está vivo, está forte e está novamente lançado para grandes voos. Porque quando uma equipa acredita… até um 9-1 pode ser apenas o início.
Comentário de Tiago Silva treinador ADj, do Aguias do Neiva:
Foi um jogo muito bem conseguido da nossa parte. Não vínhamos de uma fase boa e queríamos muito vencer e convencer, sobretudo para a nível interno aumentar os indicies de confiança destes rapazes.
Desde o apito inicial mostramos logo o que queríamos do jogo, fomos esclarecidos, pacientes, com dinâmicas muito boas e fomos naturalmente a ganhar 2-0 ao intervalo. Rectifícamos um pormenor ou outro no balneário mas alertamos para não nos desligarmos do jogo. E assim foi, mantivemos o foco, a concentração e os golos surgiram naturalmente. Os números são expressivos, mas acabam por ser justos face ao que fizemos e pela seriedade que tivemos do início ao fim.
Agora queremos ganhar o próximo e vamos trabalhar muito para isso !
Comentário de David Sousa treinador Adj do Cossourado:
Foi um jogo onde tudo correu mal. Ficámos reduzidos a dez jogadores muito cedo, com dois amarelos em duas faltas, sendo o segundo completamente absurdo. Ao intervalo perdíamos 2-0, mas ainda assim entrámos na segunda parte motivados para tentar reagir. Sofremos o 3-0, reduzimos para 3-1, mas a verdade é que nunca tivemos hipótese de lutar pelo resultado. A arbitragem acabou por agravar a situação. Não podemos ter equipas de arbitragem que desconhecem as regras. Para além disso, um adepto insulta o árbitro e acaba expulso um elemento do banco, algo que roça o ridículo. Apesar de tudo, das três equipas em campo, a única que mostrou competência foi a do Águias do Neiva. Fomos uma autêntica nulidade desde o primeiro minuto e, em determinado momento, éramos apenas corpo presente. Pedimos desculpas aos nossos adeptos. Agora é tempo de trabalhar e terminar o ano com um resultado positivo em nossa casa.
S. Martinho 2-0 Carvalhas
Campo de S. Martinho
O S. Martinho voltou a sorrir, e fê-lo da forma que mais alimenta uma aldeia: a ganhar. Depois de semanas de dúvidas e silêncios pesados, a equipa voltou a erguer-se e assinou uma vitória que a relança diretamente na corrida pelos lugares de subida. Foi um daqueles domingos em que o futebol parece devolver tudo o que tira.
A primeira parte trouxe o grito que os adeptos guardavam no peito. Aos 25 minutos, Diogo Oliveira apareceu no sítio certo, no momento certo, para empurrar a bola para as redes e incendiar o jogo. O golo chegou como um sopro de esperança, e assim, com alma e sacrifício, o S. Martinho levou a vantagem para o intervalo: 1–0, justíssimo, sofrido, carimbado com raça.
Na segunda parte, o tempo parecia arrastar-se, carregado de ansiedade. O Carvalhas ainda tentou reagir, mas o coração do S. Martinho batia mais forte. E aos 82 minutos, quando já se sentia o nervosismo a tomar conta das bancadas, surgiu Francisco. Com calma de veterano e frieza de goleador, fechou o marcador: 2–0. Era o selo final de uma tarde que devolveu orgulho e ambição.
Com esta vitória, o S. Martinho chega aos 15 pontos, instalando-se no 4.º lugar, mas, e aqui está o sal da jornada, com os mesmos pontos do 2.º classificado. A luta promete.
Do outro lado, o Carvalhas saiu ferido. Não só pela derrota, mas pelo impacto na tabela: cai do 4.º para o 8.º lugar, mantendo-se nos 12 pontos, ainda que com um jogo a menos. Um golpe duro, daqueles que obrigam a vestir a camisola com ainda mais força na próxima jornada.
Comentário de João Pedro Silva treinador do S. Martinho:
Uma vitória importante do Juventude! Depois do desaire da última jornada, a equipa deu uma excelente resposta num jogo que acabamos por conseguir dominar e controlar de várias formas ao longo dos 90 minutos. Perante um adversário enérgico e muito bem organizado pelo mister Alegria, impusemos o nosso jogo desde cedo, assumindo a posse e criando boas oportunidades que não finalizámos da melhor forma. Após um livre lateral, o Dioguinho estreou-se a marcar e colocou-nos em vantagem. Até ao intervalo e ao longo da segunda parte fomos refrescando a equipa e controlando os vários momentos do jogo. Nos últimos 20 minutos, com o risco maior do Carvalhas, criámos várias chegadas perigosas e fechámos o resultado nos últimos 10 min, também com uma estreia a marcar, pelo Chiquinho. Mais um jogo que mostra o carácter e o foco dos meus jogadores. Continuamos com muito para melhorar e crescer. Ao trabalho!
Comentário de Alegria treinador do Carvalhas:
Carvalhas não enviou um comentário para este jogo. Um jogo muito pobre da nossa parte o nosso pior jogo esta época nunca nos encontramos no jogo sem intensidade sem dinâmica e só posso dizer vitória justa da única equipa que entrou em campo concentrada com garra e quando assim é só temos de dar os parabéns ao adversário e trabalhar já esta semana para em casa regressarmos ás vitórias e pedir desculpas aos nossos adeptos que tanto nos apoiam.
Silveiros 0-1 Cristelo
Campo de Carvalhas
O Cristelo é, por estes dias, a prova viva de que as grandes equipas não precisam de marcar muitos golos, precisam, sim, de marcar os golos certos. E foi isso que aconteceu no sempre complicado Campo das Carvalhas, onde o Silveiros, obrigado a jogar fora de casa devido às obras no seu relvado sintético, vendeu caríssima a derrota. Num jogo duro, equilibrado, cheio de paragens, contactos físicos e emoção até ao último suspiro, o Cristelo nunca perdeu a cabeça. Lutou, controlou quando pôde, sofreu quando teve de sofrer… e foi recompensado aos 90 minutos, quando Lucas Abreu apareceu para gelar o Silveiros e incendiar a ambição dos forasteiros. Um golo tardio, mas precioso. Um golo que vale liderança.
Com esta vitória por 1-0, o Cristelo aproveita a quebra do Feitos e assume o topo da tabela, agora com 17 pontos. Logo atrás, coladinhos, vêm Sequeade, S. Martinho e Feitos, todos a apenas dois pontos. A luta pela frente promete ser apertada, intensa e emocionante, exatamente como este campeonato pede. Do lado do Silveiros, o esforço foi enorme, a organização evidente, mas os pontos continuam difíceis de conquistar. Ao fim de oito jogos, a equipa soma 4 pontos, ocupando o 13.º lugar, mas mostrando que, em casa emprestada ou no seu futuro sintético, não se entrega facilmente. O Cristelo sai deste domingo com moral em alta, liderança na mão e a certeza de que cada vitória sofrida fortalece o grupo. É assim que nascem os candidatos, passo firme, crença até ao fim e golos que valem ouro.
Silveiros não enviou um comentário para este jogo.
Comentário de David Carvalho treinador do Cristelo:
Em 1º lugar, agradecer aos nossos adeptos que estiveram em grande número. Em relação ao Jogo, já advinha um jogo complicado com uma equipa fechada, em que poucos ataques fizeram a nossa baliza e nós sempre por cima do jogo criando algumas oportunidades. Mesmo falhando um penálti a equipa não desistiu e fomos premiado pelo golo que já era merecido muito antes. O que fica do jogo mais 3 pontos , como tenho tido jogo a jogo e vamos fazendo a nossa caminhada.
Sequeade 2-1 Carvalhal
O Sequeade parece ter recuperado a identidade que sempre o marcou: alma, força, caráter e aquele espírito competitivo que transforma dificuldades em oportunidades. Depois de duas vitórias consecutivas, a equipa voltou a mostrar que está bem viva na luta pela promoção, desta vez com um triunfo sofrido, mas saboroso, por 2-1 frente ao Carvalhal. O jogo não começou fácil. Aos 10 minutos, Vieira surpreendeu a defesa do Sequeade e colocou o Carvalhal em vantagem. Um golo madrugador que gelou as bancadas e obrigou a equipa da casa a reagir. O intervalo chegou com 0-1, e o peso do resultado criava dúvidas, mas também alimentava a vontade de dar a volta. E foi isso que aconteceu na segunda parte: o Sequeade voltou diferente, mais pressionante, mais intenso, mais ambicioso. E aos 60 minutos surgiu o primeiro sinal de que a recuperação era possível: Dani apareceu no momento certo e fez o 1-1, devolvendo esperança e soltando o jogo da equipa.
Cinco minutos depois, o estádio explodiu. Diogo, com frieza e determinação, completou a reviravolta aos 65 minutos e fez o 2-1 que acabaria por ser o resultado final. Daí para a frente, foi sofrer, lutar, defender, acreditar, tudo aquilo que faz do Sequeade uma equipa capaz de lutar pelos lugares cimeiros. Com esta vitória, o Sequeade sobe ao 2.º lugar, agora com 15 pontos, e volta claramente à corrida pela promoção. Já o Carvalhal, apesar da boa entrada no jogo, escorrega para o 11.º lugar, mantendo os seus 9 pontos e sabendo que terá de reagir para não perder terreno. Foi mais uma prova de que a fibra do Sequeade está de volta, e quando este clube está ligado… é sempre candidato.
Sequeade e Carvalhal não enviaram comentários para este jogo.
Grimancelos 4-2 Feitos
Campo de Viatodos
O campeonato está ao rubro e a história desta jornada deu mais uma reviravolta. O Feitos, que há poucas semanas liderava com autoridade, está agora em queda acentuada: três derrotas seguidas tiraram-lhe a liderança e deixaram a equipa à procura de respostas. Do outro lado, o Grimancelos vive o momento inverso. A mudança de treinador trouxe nova energia, nova organização e, sobretudo, resultados imediatos. E esta vitória por 4-2 é a prova disso.
Ao intervalo, o Grimancelos já mostrava personalidade e vantagem: Edgelson, aos 45 minutos, fez o 1-0 e levou a equipa para o descanso com confiança reforçada. Mas o Feitos, ferido no orgulho, reagiu bem no início da segunda parte. Com golos de Káká e Vito, virou o jogo para 2-1 aos 65 minutos e parecia pronto para finalmente travar a espiral negativa. Parecia… mas não foi. A alma do Grimancelos falou mais alto. Aos 75 minutos, Minhoca fez o 2-2, devolvendo equilíbrio ao marcador e empurrando a equipe para uma reta final simplesmente avassaladora. E foi aí que apareceu novamente Edgelson, a bisar e a fazer o 3-2 já depois dos 80 minutos, antes de Veiga selar o resultado com o 4-2 final. Uma reviravolta de raça, de crença e de equipa que não desiste até ao apito final. Com esta vitória, o Grimancelos soma agora 14 pontos, salta para o 6.º lugar e fica apenas a um ponto dos lugares de subida. Um renascimento claro e um aviso direto aos candidatos: o Grimancelos está de volta. O Feitos, por sua vez, sabe que tem qualidade para mais, e é nos momentos difíceis que se constroem as grandes respostas. A queda dói, mas ainda há muito campeonato para recuperar.
O Popular continua imprevisível. E é isso que o torna tão apaixonante.
Comentário de Miguel Gomes treinador do Grimancelos:
Um jogo bem conseguido, onde conseguimos fazer 4 golos, conseguimos explorar a largura durante o jogo, onde criamos situações de finalização durante o 1 tempo, saímos para o intervalo em vantagem de forma justa, no segundo tempo o adversário entrou bem, virou o resultado em 5 minutos, depois tivemos capacidade de reação e fizemos mais 3 golos. Considero o resultado justo, e continuamos na nossa senda de vitórias.
Comentário de Dany treinador do Feitos:
Bom início de jogo da nossa equipa, percebeu na perfeição o plano que tínhamos delineado para o jogo. Primeira parte de muita intensidade e um futebol muito bem jogado pelas 2 equipas. Nossa equipa criou muitas oportunidades para ir ao intervalo a vencer. No qual fomos em desvantagem num lance infeliz do ponto vista coletivo onde foi concluído pelo adversário de forma estranha que até "as leis do fora de jogo" mudaram. Encaramos a 2 parte com vontade de dar a volta ao texto assim foi escalamos a montanha como tínhamos planeado ao intervalo forma fantástica. A partir dos 70 min jogo sem eu entender como nossa equipa desligou o chip competitivo e deixamos de conseguir produzir nosso futebol, também com muito mérito do adversário que conseguiu reviravolta de forma merecida. Depois desse golo voltamos a ativar chip e já no último minuto transformam um penalti claro a nosso favor num contra ataque do adversário. Parabéns Grimancelos pelo grande jogo. A meu ver merecíamos mais do jogo.
Lijó 2-2 Creixomil
Campo de Lijó
O Lijó vinha embalado, em clara recuperação nas últimas jornadas, mas encontrou um Creixomil determinado, confiante e cheio de vida. O que se viu em campo foram duas partes distintas, quase dois jogos dentro do mesmo jogo, e foi precisamente essa oscilação que acabou por definir o empate final. A primeira parte foi toda do Lijó: organizada, inteligente e com a eficácia necessária para controlar o marcador. David, aos 25 minutos, abriu caminho e, dez minutos depois, Rafael Miranda ampliou para 2-0. Ao intervalo, tudo parecia encaminhado para mais uma vitória e para a continuação da subida na tabela. Mas o futebol, esse eterno imprevisível, mudou de direção na segunda parte. O Creixomil entrou com outra alma, outra intensidade, outra determinação. Acreditou, insistiu e, aos 60 minutos, Marco Silva reduziu, trazendo incerteza ao resultado e esperança aos visitantes. A pressão aumentou, o Lijó recuou, e o jogo entrou naquela zona cinzenta em que qualquer detalhe pode decidir tudo. E decidiu. Tiago Silva, aos 90 minutos, encontrou o golo do empate, premiando a reação do Creixomil e deixando o Lijó com o sabor amargo de ter deixado escapar uma vitória que parecia segura. Com este empate, o Lijó desce de 3.º para 7.º lugar, ficando com 13 pontos e a sensação de que a equipa tem futebol para mais, e terá certamente novas oportunidades para o provar. O Creixomil, por sua vez, sobe ao 10.º lugar, agora com 9 pontos, reforçando a boa forma e mostrando que está pronto para lutar por posições mais confortáveis.
Comentário de Carlos Gaiteiro treinador do Lijó:
Primeiro tempo de boa qualidade, começa logo com uma oportunidade de golo de Emerson, que isolado perante o guarda redes atira ao lado. Chegamos ao golo com naturalidade pois estávamos bem no jogo. Indo para o intervalo a vencer por 2-0. Segunda parte, mais especificamente 10 a 15 minutos esquecemos tudo o que de bem tínhamos feito até ao intervalo. O adversário acreditou e com mérito e muito demérito nosso chegou á igualdade. Após os golos voltamos á carga. Tivemos várias ocasiões de golo mas não conseguimos concretizar, umas por mérito do redes , outras por falta de pontaria. Mesmo com várias oportunidades para sentenciar o jogo, tenho que aceitar o resultado pois o adversário acreditou que era capaz de tirar pontos.
Comentário de Hélder Cardoso "Xanana" treinador do Creixomil:
Entramos muito mal no jogo, sem intensidade sempre atrasados nas marcações e com pouca capacidade para impor o nosso jogo, quando acordámos estávamos a perder 2a0. No entanto com as 3 alterações que fizemos conseguimos nivelar e chegamos ao intervalo já mais perto do nosso nível. No início da 2a parte entramos à Creixomil, rápidos, intensos e com qualidade de jogo e com naturalidade conseguimos empatar em 15 minutos e podíamos até ter virado o jogo. No entanto na parte final o adversário conseguiu em contra ataque alguns lances em que podia ter marcado e nos sempre de olho no 3o golo também.. Podia ter caído para qualquer lado num excelente jogo de futebol entre duas boas equipas, chega a ser ridículo o equilíbrio desta série. Começa a faltar me as palavras para agradecer aos nossos adeptos foram incríveis.. Na próxima semana em casa prometemos a mesma atitude de sempre e muito trabalho!!!