A 3.ª Eliminatória da Taça Cidade de Barcelos foi rica em emoção e surpresas no passado fim de semana, com vários candidatos ao troféu a sentirem dificuldades inesperadas para seguir em frente.
A ronda começou no sábado, com a primeira grande surpresa: o Cristelo, equipa da 2.ª divisão, foi ao reduto do Negreiros vencer por 3-1 após prolongamento, quando no tempo regulamentar se registava um empate a uma bola, garantindo desde logo a passagem aos quartos de final.
Já na manhã de domingo, três gigantes da competição tremeram. O Carapeços passou por enormes dificuldades em Santa Eugénia, frente ao Núcleo local. Depois de um empate 2-2 no tempo regulamentar e de um emocionante 3-3 no prolongamento, a equipa carapeçense só conseguiu respirar de alívio ao vencer nas grandes penalidades.
Também o Leões da Serra, detentor do troféu, teve de recorrer ao prolongamento para eliminar o Chorente, em jogo disputado no Campo do Negreiros. Após o 2-2 no tempo regulamentar, os Leões resolveram a partida no tempo extra, vencendo por 4-2.
Outro histórico que passou por momentos difíceis foi o Leocadenses, que precisou igualmente do prolongamento para levar de vencida a formação do Palme. O empate a uma bola manteve-se até ao fim do tempo regulamentar, com o golo decisivo do 2-1 a surgir apenas ao minuto 120, fruto de um autogolo.
Mais tranquilidade encontrou o Remelhe, que recebeu e venceu o Perelhal por claros 4-0. Meia surpresa aconteceu em Pereira, onde o Oliveira foi vencer a equipa da casa por 2-1, depois de já estar a ganhar por 2-0 ao intervalo.
O Macieira também não encontrou grandes obstáculos na deslocação a Santa Eulália, batendo o Águas Santas por 4-1, após uma primeira parte mais equilibrada, que terminou com vantagem mínima para os visitantes. No duelo entre equipas da divisão secundária, o Várzea confirmou o favoritismo e venceu o Sequeade por 3-0, já depois de estar a ganhar por 2-0 ao intervalo.
Com estes resultados, seguem para os quartos de final duas equipas da 2.ª divisão, Cristelo e Várzea,às quais se juntam seis formações da 1.ª divisão: Leões da Serra (detentores do troféu), Leocadenses, Remelhe, Carapeços e Oliveira, todos com troféus na vitrine, além do Macieira, que continua à procura do seu primeiro título.
No capítulo dos marcadores, destaque para Manu (Leões da Serra) e Petina, que bisaram nesta eliminatória. Ainda assim, o melhor marcador da Taça é Hugo Carvalho, do Carapeços, com quatro golos. Luís Cunha, do MARCA de Vila Cova, também se destaca, com 4 golos apesar de a sua equipa já se encontrar fora de competição.
Negreiros 1-1 Cristelo (1-3 após prolongamento)
Campo de Negreiros
Líder da 2.ª divisão voltou a mostrar força e segue em frente na Taça Cidade de Barcelos
Nada fazia prever a eliminação do Negreiros nesta fase da Taça Cidade de Barcelos. A equipa vinha moralizada por duas vitórias consecutivas no campeonato, que lhe permitiram sair do último lugar e deixar a lanterna vermelha para o Oliveira. Ainda assim, do outro lado estava o Cristelo, líder da 2.ª divisão Série A, formação que não perde desde a primeira jornada e que é um dos principais candidatos à subida de divisão. Apesar do favoritismo do Cristelo, a eliminatória parecia bem encaminhada para o Negreiros. Aos 35 minutos, Tóne inaugurou o marcador e deu vantagem à equipa da casa, que conseguiu segurar o 1-0 até ao intervalo. Na segunda parte, o Cristelo reagiu e chegou ao empate aos 70 minutos, por intermédio de Ivo, levando a decisão para o prolongamento. Já no tempo extra, a superioridade da formação visitante acabou por se refletir no marcador. Aos 105 minutos, Javier completou a reviravolta ao fazer o 1-2 e, já aos 120, Kaskeira selou a eliminatória, fixando o resultado final em 1-3. Com esta eliminação, o Negreiros não consegue repetir a proeza da época 2016/2017, ano em que conquistou este troféu. O Cristelo, por sua vez, segue em frente na competição e mantém viva a possibilidade de fazer história na Taça, com a ambição de a conquistar pela primeira vez.
No aspeto disciplinar , lembramos que com o resultado 1-2 o redes do Negreiros foi expulso e já na parte final foi expulso um jogador de cada equipa com vermelho direto.
Negreiros não enviou um comentário para este jogo.
Comentário de David Carvalho treinador do Cristelo:
Jogo que já sabíamos que seria extremamente complicado, jogo de taça jogo diferente. 1 parte equilibrada mas com a nossa equipa a tentar manter a sua identidade de jogo, chegamos ao intervalo a perder 1-0 retificamos alguns aspectos , empatamos com justiça. Vamos a prolongamento e graças aos nossos adeptos que sem dúvida foram o 12 jogador deram nos a força necessária para dar a volta ao jogo e ganhar. Um agradecimento a nossa claque Curva amarela foram incansáveis. Obrigado
Remelhe 4-0 Perelhal
Campo de Remelhe
Remelhe mantém ritmo avassalador e segue firme na Taça
O Remelhe de Miguel Sá Pereira continua em modo rolo compressor. Depois de somar 11 vitórias consecutivas no campeonato, a formação remelhense acrescentou mais um triunfo ao seu percurso vitorioso, garantindo a segunda vitória na Taça Cidade de Barcelos, ao ultrapassar o Perelhal nesta 3.ª eliminatória. O Perelhal até chegava a este encontro motivado por uma boa série de resultados no campeonato, já sob o comando interino de Rabanas, mas acabou por não resistir frente àquela que é, atualmente, a equipa mais forte da competição. A organização, a qualidade do comando técnico e a experiência de jogadores com passado no futebol federado voltaram a fazer a diferença, com os habituais protagonistas a aparecerem nos momentos decisivos. O marcador foi inaugurado cedo, aos 9 minutos, por Ed, e perto do intervalo surgiu o 2-0, apontado por Petina aos 43. Logo no início da segunda parte, Petina voltou a “molhar a sopa” e bisou aos 50 minutos, aumentando a vantagem para 3-0. Aos 60 minutos, foi a vez de Tino se juntar à festa, fixando o resultado final em 4-0. Com ainda muito tempo para jogar, o marcador não voltou a sofrer alterações, num jogo totalmente controlado pelo Remelhe do primeiro ao último minuto. Com este triunfo, o Remelhe já com este troféu na vitrine, segue com autoridade para os quartos de final da Taça, enquanto o Perelhal fica pelo caminho, travado pela força da melhor equipa da atualidade.
Comentário (em Vídeo) de Miguel Guarda redes do Remelhe:
Perelhal não enviou um comentário para este jogo.
Várzea 3-0 Sequeade
Campo do Várzea
Líder incontestado da sua série segue em frente e mantém vivo o sonho do primeiro grande título
O Várzea era, naturalmente, o favorito para este encontro da Taça Cidade de Barcelos, ainda que o Sequeade venha a realizar uma temporada muito positiva. A equipa sequeadense tem lutado pelos lugares de subida e volta a estar na discussão esta época, ocupando atualmente o 3.º lugar da Série A da 2.ª divisão, com os mesmos pontos do líder Cristelo, numa série que está longe de estar decidida. Já o Várzea tem feito um percurso quase irrepreensível na sua série, somando apenas um empate ao fim de nove jornadas e liderando com uma confortável vantagem de sete pontos sobre o segundo classificado. Apesar de militarem em séries diferentes, o sorteio da Taça colocou frente a frente duas equipas ambiciosas, mas a superioridade do Várzea acabou por não deixar margem para contestação. A equipa entrou forte no encontro e adiantou-se cedo no marcador, com o 1-0 a surgir logo aos 3 minutos, por intermédio de Tó Zé. Aos 15 minutos, um autogolo ampliou a vantagem para 2-0, resultado com que se chegou ao intervalo. Na segunda parte, o Várzea manteve o controlo do jogo e confirmou a passagem à fase seguinte aos 72 minutos, quando Tiago Bento, uma das figuras da equipa, selou a eliminatória ao fixar o resultado final em 3-0. Com esta eliminação, o Sequeade não consegue repetir a presença na final da época passada, onde acabou derrotado pelos Leões da Serra. Já o Várzea continua a sonhar com a conquista do seu primeiro grande título no Futebol Popular, depois de ter no palmarés apenas o título da 2.ª divisão, conquistado em 2023/2024 e partilhado com o GDR Campo, atualmente este troféu passou a ter um vencedor único.
Várzea e Sequeade não enviaram comentário para este jogo.
Pereira 1-2 Oliveira
Campo de Pereira
Equipa de Papagaio foi mais eficaz e segue em frente na Taça Cidade de Barcelos
Antevia-se um jogo equilibrado, ainda que com uma ligeira margem de favoritismo para a equipa da casa. O desfecho acabou por refletir o momento distinto vivido pelas duas formações nas últimas jornadas: um Oliveira em clara recuperação após uma fase menos positiva, e um Pereira ainda à procura das vitórias, que já escapam há seis jogos. O Pereira apresentou-se já sob o comando do recém-empossado treinador Hélder Pereira, mas com pouco tempo de trabalho para implementar as suas ideias. Do outro lado, o Oliveira, orientado por Papagaio, mostrou maior consistência e soube aproveitar os momentos-chave do encontro. A equipa visitante foi para o intervalo com uma vantagem de dois golos, construída em apenas dois minutos. Bernardo abriu o marcador aos 40 minutos e, de rajada, Alenitchev fez o 2-0 aos 42, colocando o Oliveira em posição confortável. Na segunda parte, o Oliveira geriu a vantagem com inteligência, apesar de ainda ter visto o Pereira reduzir aos 85 minutos, por intermédio de Pexilas, fixando o resultado em 1-2. Ainda assim, o golo surgiu tarde demais para evitar a eliminação da formação da casa.
Com este triunfo, o Oliveira segue em frente na Taça Cidade de Barcelos e mantém viva a ambição de acrescentar mais um troféu à sua vitrine, enquanto o Pereira continua à procura do caminho das vitórias.
Comentário de Hélder Pereira treinador do Pereira:
No jogo de Domingo, a contar para a Taça, frente ao Oliveira, saímos derrotados por 1-2 num resultado que não espelha minimamente o que se passou dentro das quatro linhas. Entrámos nervosos no jogo e pagámos caro por isso. Dois erros nossos acabaram por oferecer os dois golos ao Oliveira, que, em todo o encontro, fez apenas dois remates e marcou dois golos. A partir daí, a equipa mostrou caráter, reagiu e assumiu completamente o jogo. A segunda parte foi de sentido único. Criámos várias oportunidades claras, tivemos bolas ao poste, empurrámos o adversário para dentro da sua área e o Oliveira limitou-se a defender, a não jogar e a fazer antijogo constante, sem qualquer intenção de disputar o jogo. Aos 80 minutos, dá-se o lance que marca definitivamente esta eliminatória: um penálti claríssimo a nosso favor, visível para todos, que o árbitro simplesmente decidiu não assinalar. Um erro grave, inexplicável e com influência direta no resultado. O que aconteceu ontem não foi apenas um mau jogo ou uma derrota injusta. O que aconteceu foi uma falta de dualidade de critérios inacreditável. A nossa equipa sai de cabeça erguida. Perdemos no resultado, mas não perdemos no jogo. Infelizmente, ontem, não ganhámos porque não nos deixaram ganhar.
Oliveira não enviou um comentário para este jogo.
Águas Santas 1-4 Macieira
Campo Dr.Teotónio da Fonseca (Águas Santas)
Depois de três derrotas no campeonato, equipa visitante encontrou na Taça o caminho para a recuperação
O Macieira aproveitou o jogo da Taça Cidade de Barcelos para descarregar as mágoas acumuladas no campeonato, onde vinha de três derrotas consecutivas, e seguiu em frente na competição ao vencer o Águas Santas. A equipa da casa também atravessava um momento menos positivo, com duas derrotas seguidas, e procurava oferecer uma vitória aos seus adeptos, mas acabou por não resistir à maior eficácia do adversário. A partida foi equilibrada durante largos períodos e sem golos até perto do intervalo. Só aos 40 minutos o Macieira conseguiu desfazer o nulo, fazendo o 0-1,(golo de Paulinho) resultado com que se chegou ao descanso. Na segunda parte, a equipa visitante entrou ainda mais forte e aumentou a vantagem aos 60 minutos, por intermédio de Dourado. Aos 72, Daniel Esteves ampliou para 0-3, deixando a eliminatória bem encaminhada. O Águas Santas ainda reagiu e reduziu para 1-3, através de Rui Rodrigues, mas a esperança durou pouco. Veloso acabou por selar definitivamente a eliminatória aos 90 , fixando o resultado final em 1-4.
Com dois troféus conquistados, o último há cerca de 20 anos, o Águas Santas volta a ficar pelo caminho na Taça. Já o Macieira mantém vivo o sonho de repetir a proeza da época 2011/2012, quando conquistou o único troféu do seu historial no Futebol Popular.
Águas Santas e Macieira não enviaram comentários para este jogo.
ND Sta. Eugénia 2-2 (3-3 após prolongamento) (3-5 g.p.) Carapeços
Campo de Sta. Eugénia
Carapeços sofre, mas segue em frente após batalha épica em Santa Eugénia
O Carapeços, um dos clubes mais históricos da Taça Cidade de Barcelos, competição que já venceu por seis ocasiões e que não conquista desde a época 2015/2016, passou por enormes dificuldades para afastar o Núcleo de Santa Eugénia, equipa da 2.ª divisão que atravessa o melhor campeonato da sua história e surge como forte candidata à subida. Habituado ao seu terreno pelado e de dimensões reduzidas, o Núcleo de Santa Eugénia soube tirar partido das particularidades do campo e aplicou na perfeição as rotinas trabalhadas semanalmente. Não foi por acaso que todos os seus golos nasceram de bolas paradas, dois deles na sequência de lançamentos de linha lateral. Apesar disso, a primeira parte foi dominada pelo Carapeços, que saiu para o intervalo a vencer por 2-0, com golos de Machado, aos 9 minutos, e de Hugo, já ao cair do pano, aos 45. Na segunda parte, o cenário mudou por completo. O Santa Eugénia reduziu aos 60 minutos, por intermédio de Hélder, e aos 80 foi Sandro quem fez o empate a duas bolas, resultado que levou a decisão para o prolongamento. Na segunda parte do tempo extra, o marcador voltou a funcionar. Aos 115 minutos, Daniel recolocou o Carapeços em vantagem (2-3), mas já perto dos 120, Filipe voltou a empatar a partida, fixando o 3-3 e levando o jogo para as grandes penalidades. Na marcação dos penáltis, o Carapeços foi mais eficaz. A equipa iniciou a série e ganhou vantagem decisiva quando o guarda-redes Luís defendeu a grande penalidade que poderia ter feito o 2-2. O Carapeços converteu com sucesso os cinco penáltis, enquanto o Santa Eugénia nem chegou a bater o quinto, uma vez que já não evitaria a eliminação. O resultado final ficou em 3-5 favorável ao Carapeços.
No plano individual, novo destaque para Hugo, do Carapeços, que voltou a marcar e lidera a lista dos melhores marcadores da Taça, com quatro golos. Ao contrário de Luís Cunha, do MARCA, também com quatro golos, Hugo mantém a possibilidade de aumentar a sua conta, uma vez que a equipa de Vila Cova já se encontra fora da competição.
Comentário (em vídeo) de Miguel Gonçalves treinador do ND Sta. Eugénia:
Comentário (em vídeo) de Quim Zé treinador do Carapeços:
Chorente 2-2 Leões da Serra (2-4 após prolongamento)
Campo de Negreiros
Detentores do troféu precisaram de prolongamento para afastar um valente Chorente
Os Leões da Serra, detentores do troféu e bicampeões da Taça Cidade de Barcelos, tiveram de suar para levar de vencido um Chorente, equipa da divisão secundária, que se bateu de igual para igual e esteve muito perto de protagonizar uma surpresa histórica. A partida realizou-se no Campo do Negreiros e começou com sinal mais da equipa favorita. Os Leões da Serra adiantaram-se no marcador mesmo em cima do intervalo, por intermédio de Dias, levando uma vantagem mínima para o descanso. Na segunda parte, porém, o Chorente entrou determinado e, impulsionado pela energia transmitida por Daniel Cardoso, treinador da equipa, virou completamente o jogo em apenas dez minutos. Aos 50 minutos, Michael Okushi restabeleceu a igualdade (1-1) e, aos 60, Alejo Viale deu a cambalhota no marcador, colocando o Chorente a vencer por 2-1 e os adeptos locais em verdadeiro delírio. A reação dos Leões não tardou. Dez minutos depois, Rogério colocou “água na fervura” ao fazer o 2-2, aos 70 minutos, resultado que se manteve até ao final do tempo regulamentar e levou a decisão para o prolongamento. No tempo extra, a experiência e a qualidade dos Leões da Serra acabaram por fazer a diferença. Manu assumiu o papel de herói da eliminatória, apontando o 2-3 aos 111 minutos e sentenciando definitivamente o encontro já aos 120, com o 2-4 final.
O Chorente teve o sonho bem perto das mãos, mas acabou por ficar pelo caminho. Já os Leões da Serra seguem em frente na competição, determinados em renovar o troféu conquistado na época passada.
Comentário de Daniel Cardoso treinador do Chorente:
Não me levem a mal prefiro não comentar depois de ver o que vimos hoje está tudo dito, os nossos atletas nem os adeptos mereciam esta falta de respeito depois de fazermos o 2:1 foi o que toda a gente viu peço desculpa mais uma vez
Leões da Serra não enviou um comentário para este jogo.
Leocadenses 1-1 Palme (2-1 após prolongamento)
Complexo Desportivo Carlos Pereira
Leocadenses sofre até ao fim para garantir lugar nos quartos de final
Esperava-se uma partida equilibrada, mas dificilmente alguém imaginaria que a decisão só surgiria no último minuto do prolongamento. O Leocadenses acabou por carimbar o passaporte para os quartos de final da Taça com um autogolo ao minuto 120, num desfecho dramático frente ao Palme. Apesar das dificuldades que o Palme atravessa, devido a castigos e lesões de jogadores influentes, o Leocadenses, vice-líder do campeonato, partia naturalmente como favorito. Essa superioridade parecia confirmar-se cedo, quando Hugo, vice-líder da tabela de melhores marcadores, inaugurou o marcador logo aos 12 minutos. No entanto, o Palme respondeu de forma eficaz e chegou ao empate aos 25 minutos, por intermédio de Jota, fixando o 1-1 que se manteve ao intervalo e durante todo o tempo regulamentar. A igualdade levou a decisão para o prolongamento, onde o equilíbrio continuou a marcar presença. Quando tudo apontava para a decisão nas grandes penalidades, surgiu o lance que definiu a eliminatória. Junto à bandeirola de canto, numa bola disputada por jogadores de ambas as equipas, um atleta do Palme tentou ganhar um pontapé de baliza. O jogador do Leocadenses, mais tecnicista, conseguiu roubar a bola e cruzou com perigo. Na tentativa de afastar o lance, o defesa visitante acabou por desviar a bola para a própria baliza. O erro nasce essencialmente na disputa junto à bandeirola e não tanto no jogador que fez o autogolo, já que, caso não tivesse tentado o corte, estavam dois jogadores do Leocadenses prontos para desviar a bola para o fundo das redes. Assim terminou a ansiedade do Leocadenses, naquele que foi, muito provavelmente, o seu jogo mais complicado da época.
O Leocadenses segue em frente na competição, mantendo viva a ambição de juntar mais um troféu à sua vitrine. Já o Palme, que também conta com este título no seu historial, fica pelo caminho. Destaque individual para Hugo, do Leocadenses, que apontou mais um golo, o 24.º do ano civil de 2025, consolidando-se como o melhor marcador do ano.
Comentário de Joel Arantes treinador do Leocadenses:
Jogo extremamente difícil. Sabíamos que o Palme, assim como nós, tinha grandes expectativas de passar a próxima fase, e entrou na partida muito forte no duelo e pressionante. Soubemos aguentar e na primeira oportunidade colocámo-nos em vantagem. Sem que nós estivesse a causar grandes problemas o Palme passados poucos minutos consegue igual o resultado. A partir daqui acabamos por controlar o jogo, mas sem que surgissem grandes oportunidades para marcar. Foi um jogo muito dividido, com muitas faltas, muitas paragens, e com entradas extremamente duras. Não foi um jogo bem muito bem jogado, mas o mais importante foi conseguido. A passagem a próxima eliminatória da Taça.
Comentário de Tiago Losa treinador do Palme:
Um jogo muito equilibrado com as duas equipas e encaixarem se taticamente. Entramos a perder e ainda antes do intervalo podíamos e devíamos estar a ganhar. Na segunda parte o adversário tem uma oportunidade para passar para a frente mas o nosso redes demonstrou segurança. No prolongamento o golo decisivo está na vossa página. Fomos equipa e nunca baixamos os braços.