A temporada 2024/2025 do Futebol Popular de Barcelos está longe de terminar, mas já se tornou evidente que a habitual “dança de treinadores” veio para marcar esta época de forma intensa. Quando os resultados não aparecem, os comunicados começam a surgir, muitos deles com o típico agradecimento pelo "grande trabalho" realizado — mesmo quando o desfecho é uma saída por decisão da direção. Em alguns casos, são os próprios técnicos a pedirem a demissão, mas o padrão é claro: a paciência e o tempo para reverter cenários adversos são cada vez mais curtos.

Até ao momento, pelo menos 12 mudanças técnicas foram registadas nesta temporada, evidenciando o impacto da pressão por resultados.

 Na 1.ª Divisão, três treinadores já deixaram os respetivos clubes:

  • Nuno Ervalho, no Lijó;
  • Vítor Magalhães, no Fragoso;
  • Cacioli, no Remelhe.

Já na 2.ª Divisão, o número de saídas é ainda mais significativo, com nove equipas a optarem por mudanças no comando técnico:

  • Nelson Moreira, no Creixomil;
  • Ricardo Gomes, no Núcleo da Silva;
  • Joaquim Rego, no Baluganense;
  • Raul Ferreira, no Fonte Coberta;
  • André Silva, nas Águias do Neiva;
  • Bruno Dantas, no Carvalhas;
  • António Costa, no Grimancelos.
  • Abílio Arantes, no Silveiros.
  • Bé Palheiras, no Milhazes 

O fenómeno não é novo, mas a frequência das alterações em tão pouco tempo impressiona. É a dura realidade do futebol, seja ele profissional ou amador. Quando as vitórias não chegam e os objetivos ficam comprometidos, a mudança de treinador é quase sempre a solução imediata.

O Futebol Popular de Barcelos, conhecido pelo seu ambiente competitivo e pela paixão dos seus adeptos, também não escapa às dinâmicas de exigência por resultados. Com mais de metade da época ainda por jogar, é provável que esta lista de mudanças continue a crescer. Como se costuma dizer, “a procissão ainda vai no adro” — e há muito campeonato pela frente.