Nota: A Taça de Barcelos teve a sua 1ª Edição em 1999-2000 e teve como vencedor o Vila Boa, 5 anos depois da 1ª edição do campeonato.

O Carvalhal venceu o Remelhe 11-10 nas grandes penalidades depois de se chegar ao fim do tempo regulamentar (90 minutos) com o resultado 0-0.

Lembramos que esta final não teve lugar a prolongamento, uma alteração inserida nos regulamentos no início de época e prevalece para os anos seguintes.

Equipa inicial do Carvalhal.

Vieira, Rui Correia, Bruno Fernandes, João Torres, Joca Cunha, João bruno, Piloto, Queirós, Filipe Alexandre, Lieson, Joca Salgado.

Equipa inicial do Remelhe.

Edivaldo, Tone Gomes, Rafa, Ferreira, Gonçalo, Flávio, Lucas, Queirós, Vilas, Minhoca,Jardel.

 Vamos ao filme do jogo.

Com duas das melhores equipas da atualidade em campo, e dois dos planteis mais valiosos do popular, estes entraram em campo tentando não defraudar os muitos adeptos com o seu futebol, mas talvez por força de não quererem arriscar em demasia, assistimos a uma primeira parte muito morna, sem grandes rasgos, sem grandes ideias de jogo, e sem grandes oportunidades de golo.

 O Carvalhal teve sempre mais iniciativa de jogo na primeira parte, e jogou mais no meio campo adversário, e fruto dessa supremacia teria a única oportunidade em toda a primeira parte aos 20 minutos , num lance em que Joca Salgado surge descaído pela direita a receber a bola de um cruzamento do lado contrário, teve tempo para dominar a bola e cruzar para a cabeça de Liedson que surgiu junto do poste contrário a cabecear o esférico, mas este acaba por sair ao lado.

Só aos 44 minutos o Remelhe teve a sua primeira oportunidade de visar a baliza. Jardel descaído para a direita quase no bico da pequena área remata sem preparação, a bola esbarra na cara do adversário, ficando este no chão, obrigando o árbitro a interromper a partida, para dar assistência ao jogador, dada a violência do remate. Esta paragem aconteceu, depois dos defensores do Carvalhal terem afastado o perigo da sua área.

No segundo minuto de descontos dados pelo árbitro, o Carvalhal teve mais uma oportunidade de abrir o marcador, depois de uma jogada em que a bola sobra rasteira para um jogador do Carvalhal, este remata fraco, Edivaldo tem uma defesa incompleta, acabando os colegas de equipa por afastarem o esférico para fora da sua área. E chegou o intervalo sem que o futebol fosse brilhante por parte de ambas as formações.

No reatamento da partida, as equipas vieram com outra disposição, e assistimos finalmente a uma final mais de acordo com o estatuto de ambas as formações, e não faltaram oportunidades para desfazer o nulo, só que a inspiração dos jogadores estava em dia não.  

Vimos um Remelhe mais criativo no miolo do terreno, a tomar as iniciativas do jogo, coisa que não aconteceu em toda a primeira parte, e vimos logo aos 48 minutos uma das melhores oportunidades do jogo para o Remelhe. Depois de uma jogada pela zona central, Queiroz aparece solto sem marcação, prepara o remate e a bola ainda tirou tinta da trave da baliza Vieira.  

Nesta fase do jogo só dava Remelhe, e aos 55 minutos numa jogada pela direita do ataque, a bola é cruzada rasteira, e já dentro da pequena área Queirós falha a emenda à boca da baliza, e parecia tão fácil que fez com que este metesse as mãos à cabeça, pois percebeu que tinha a obrigação de fazer melhor, e gorou-se aqui uma oportunidade de ouro para o Remelhe se adiantar no marcador.

Respondeu o Carvalhal aos 60 minutos com Liedson a surgir na grande área descaído um pouco para a direita a rematar forte, e a bola passou poucos centímetros por cima da barra da baliza de Edivaldo.  Aos 67 minutos o Carvalhal voltou ameaçar, desta vez foi Bruno aparecer na pequena área a cabecear por cima da trava com muito perigo.

A última oportunidade do jogo foi do Remelhe aos 88 minutos, depois de uma jogada pela esquerda, em que a bola passa rasteira na pequena área e Gonçalo surge um tudo nada atrasado para fazer a emenda para a baliza de  Vieira, acabando o esférico por sair pela linha de fundo .

E chegamos aos fim dos 90 minutos, com uma 2ª parte bem conseguida por parte das duas equipas, mas pouco inspiradoras na altura de visarem as balizas, ao ponto de os guarda-redes das duas formações terem pouco trabalho, e não precisaram de fazer uma única defesa apertada em todo o jogo!

Chegou o momento das grandes penalidades e se até aqui os jogadores estavam algo perdulários, na marcação de penaltis fartaram-se de fuzilar os guarda-redes Edivaldo e Vieira.

 Com o Remelhe a ser a equipa a marcar em 1º lugar. Na 1ª série, se não estamos em erro, o 5º penalti é falhado pelo Remelhe, e no penalti que poderia dar a vitória ao Carvalhal na 1ª serie é defendido pelo Edivaldo ou sai ao lado do poste direito, fica a dúvida.

Iniciou-se depois a série de quem falhar ficaria eliminado, e foi ao 12º penalti que Dany do Remelhe atirou ao lado e o Jogador do Carvalhal carimbou a vitória, ao concretizar o 11-10 para a sua equipa, vencendo pela 1ª vez este troféu (taça de Barcelos) 2018-2019.

O que fica da prestação destas duas equipas na nossa opinião :

O Carvalhal venceu o 3º troféu em pouco mais de um ano. Tinha vencido o campeonato e supertaça da época anterior, e venceu a taça de Barcelos desta época que agora finda.  

Nesta final achamos que que o Carvalhal esteve ao seu nível jogando dentro do que se esperava, com os seus jogadores de referência a não defraudar os seus adeptos. O 0-0 para o Carvalhal ao fim dos 90 minutos também não nos espanta, porque no campeonato marcou apenas 68 golos. Aquém dos 81 apontados pelo Remelhe. E foi aqui que nos pareceu que os jogadores de referência do Remelhe, não surgiram inspirados nesta final, ao contrário dos jogos do campeonato em marcavam golos com alguma facilidade! Seria do fator relva? Em certa medida o Carvalhal tirava vantagem do relvado, dado que joga na sua casa metade dos jogos da época. Mas mesmo assim esperava-se mais de Minhoca e Jadel, (jogadores do Remelhe) jogadores que estiveram sempre em destaque na 2ª volta do campeonato.

Sobre a arbitragem de Paulo Ferraz e seus juízes de linha. Podemos dizer que tiveram um jogo fácil de arbitrar e ajuizar, porque esta final foi jogada dentro e fora das quatro linhas com muito Fair- Play. Não contabilizamos os cartões amarelos, mas pensamos que não deveria ter ultrapassado uns 3 ou 4, dividido por ambas as equipas. Nos fora de jogo também descortinamos muitos poucos! 3 Ou 4 em 90 minutos?

Muito boa arbitragem, assim como toda a organização deste evento da AFOBAR . Os coloridos das bancadas, em especial à bancada do Remelhe que estava super bonita, com as suas cores. Foi inglório para todos eles, mas aqui só uma equipa poderia vencer. Venceu o Carvalhal, os nossos parabéns pela conquista, como também podia sair vencedor o Remelhe, dado o equilíbrio desta final.  

Bruno Vilas Boas Treinador do Carvalhal.

Passadas horas de todo aquele momento stressante o Mister do Carvalhal vencedor de 3 títulos (Campeonato, Supertaça, e Taça de Barcelos) no espaço de um ano resumiu os incidentes vividos na final da Taça de Barcelos 2018-2019 20ª Edição.  

Foi uma grande final e um grande espetáculo de futebol. Penso que foi um jogo bem disputado, mas nem sempre bem jogado.

Defrontamos uma grande rival, uma equipa fortíssimo que tem um plantel recheado de bons jogadores e bem orientada. Acho que o jogo foi bastante equilibrado, onde houve momentos em que fomos melhores e em outros momentos o Remelhe foi melhor. Acho que o empate nos 90 minutos acaba por ser um resultado justo. E até nas grandes penalidades acabou por haver equilíbrio e demonstrou a qualidade e competência dos jogadores de ambas equipas. Ganhamos por uma questão de pormenor. Fomos felizes mas reconhecemos que podia ter sido o Remelhe o vencedor. Mas merecemos muitos esta alegria em virtude da época muito difícil que tivemos.

Estamos muitíssimo satisfeitos e conquistamos algo que fugia ao Carvalhal há muitos anos.

Miguel Campos Treinador do Remelhe. 

Passadas horas depois de ver a sua equipa o Remelhe perder pelo 2º ano consecutivo a taça de Barcelos nas granes penalidades, o Mister Miguel Campos questionado pelas nossas perguntas remata,

Se houvesse um vencedor seria o Remelhe pois foi melhor durante a maior parte do jogo e acabou por acabar o jogo a procura do golo.

Quantos às alterações que fiz no decorrer da 2ª parte os jogadores que entraram não são de segunda linha pois fizeram tantos jogos a titular ou mais do que os que jogaram ontem.

Na minha opinião não foi muito bem jogada esta final, faltou qualidade no futebol praticado pelas duas equipas, tirando os 20 minutos finais onde demonstramos o que foi a nossa qualidade.

Não foi a diferença de jogar em relvado que interferiu este desfecho, porque o Remelhe teve mais posse de bola, mais lances de perigo, mais remates, mais cantos, apesar de estarmos uns furos abaixo do habitual fomos superiores em tudo.

Fizemos de tudo para evitar as grandes penalidades

 De destacar que perdemos dentro de campo mas ganhamos na bancada

Temos uns adeptos incríveis do melhor que anda no futebol