Ainda havia adeptos a entrar e os jornalistas preparavam o seu "escritório" quando Amorim abriu o marcador. Filipe investiu pelo flanco direito e após boa jogada individual ofereceu o golo ao melhor marcador do líder da segunda divisão.Um tento histórico para o Paradela, ou não seria este o primeiro no novo (e primeiro) relvado.
Se o relvado sintético apela à prática de um bom futebol, foi isso mesmo que a equipa da casa tentou colocar em campo. Os primeiros minutos de jogo dos visitados foram muito bons, com inúmeras triangulações e um futebol sempre apoiado. Além do golo apontado, a equipa dispôs de uma outra excelente ocasião e colcoar a bola no fundo das redes, mas Amorim estava em posição irregular.
Os forasteiros tentavam reagir, sobretudo em transições, e esticeram muito próximos do empate, por intermédio de Armindo, mas Brito negou o golo ao avançado de São Pedro.
À passagem do minuto 21, e após um pontapé de baliza longo de Brito, Gino recolheu e com um "chapéu" irrepreensível sobre Simões dilatou a vantagem.
Ainda antes da meia hora, a turma de São Pedro iria reduzir a desvantagem, num lance muito caricato. Ao tentar pontapear a bola, Brito, guarda redes do Paradela, aliviou-a contra o corpo de Armindo e esta entrou diretamente na baliza dos homens da casa.
Este golo podia significar que a turma visitante iria ganhar ânimo para chegar à igualdade, mas o que é certo é que ainda antes da recolha aos balneários o árbitro da partida apontou para a marca de penálti a benefeciar o Paradela, após queda de Gino na área. Tranquilamente, Kadete converteu e levou a sua equipa a vencer por 3-1 para o intervalo.
Ora se o Paradela entrou a marcar no primeiro tempo, no segundo fê-lo de novo. Canto curto na direita e Filipe aparece no primeiro poste para elevar a vantagem para 4-1.
Depois do quarto golo dos homens da casa, pouco mais se passou. O Paradela foi gerindo a vantagem e o cansaço dos jogadores com normalidade e o Estrelas praticamente não conseguiu criar perigo.
Já em tempo de desconto, Jorge isolou Emanuel que na cara de Simões atirou para o 5-1 final.
O Paradela venceu o Estrelas de São Pedro com justiça, numa partida em demonstrou porque é superior e se encontra no primeiro lugar, sendo o principal candidato ao título. A equipa de Ricardo Gaiteiro manteve sempre um estilo de jogo fluído e assente na manutenção da posse de bola. As triangulações foram uma constante e o trio de meio campo, composto por Kadete, Jorginho e Filipe mostrou toda a sua qualidade, nesta que é a zona mais forte do líder. Os seus extremos rápidos e a capacidade do avançado Amorim também causaram estragos na defensiva do Estrelas, que só conseguiu causar perigo através de transições ou bola parada.
No final do encontro, Carlos Gaiteiro sublinhou a felicidade de todos no clube pelo remodelado complexo desportivo e salientou as diferenças que este relvado implica na forma de jogar da equipa, mesmo em termos da sua dimensão. Ainda assim, reforçou que o facto de este não ter sido regado gera algumas complicações, sobetudo porque "a bola não rola tão facilmente". Já o técnico dos forasteiros, deixou imensas críticas à arbitragem e reforçou que os relvados sintéticos deviam ser uma realidade em todos os campos do Popular. Embora tenha dito que o "Estrelas podia e devia estar a fazer um campeonato melhor", salientou as dificuldades económicas do clube e a impossibilidade do plantel ter treinado em relvado sintético durante a semana.
Com o empate do Aborim, o Paradela é cada vez mais líder, somado mais oito pontos que o segundo classificado. Já o Estrelas de São Pedro, está na 13ª posição, com 36 pontos.
Homem do jogo: Jorginho
O melhor: As condições proporcionadas pelo clube da casa à imprensa, de fazer inveja a clubes de patamares superiores
O pior: Agressões entre as duas equipas no final do encontro, que obrigaram à intervenção da polícia. Algo cada vez mais recorrente no Futebol Popular.